quinta-feira, janeiro 03, 2013

VALE A PENA REVER E REFLETIR

Uma denúncia que por si só deveria ter acabado com a farsa do Ministro Dias Toffoli no STF. Caiu no "esquecimento" da Polícia Federal, da PGR, do resto do povaréu sem memória, anestesiado de todas as maneiras possíveis. Mas a gente que não consegue dormir, que fica ligado, acaba devolvendo aos holofotes os cadáveres insepultos do PT e seu bando de loucos. Aliás, um desses defuntos recorrentes é mencionado no vídeo. E vai continuar assombrando essa turma. Vejam.


http://static.livestream.com/grid/LSPlayer.swf?hash=8mkv8%22

ONDE TRAIDOR É HERÓI

Historicamente, traidores sempre foram desprezados, achincalhados, atacados e, na grande maioria das vezes, pagaram com suas vidas pelos seus atos de traição, sua ignomínia. Podem até passar por Cortes formais (ou não) - militares, pelas Marciais; civis, pelas de Justiça; malandros, pelo Microondas - mas seu destino final quase sempre foi o mesmo. Via de regra, a morte física. Ou aquela pior ainda, causada pelo desprezo a ser carregado perante seus pares pelo resto de suas vidas.

Há apenas um país no mundo em que essa tradição não se confirma. Lá crescem árvores que dão jaboticabas.

Lá, igualmente, os sistemas de corrupção se aperfeiçoaram de tal forma que, em qualquer âmbito, tanto no Governamental ou no mais rasteiro esquema da pior bandidagem de traficantes, assassinos, estupradores, proxenetas, etc., só quando um [dito] "traidor" faz o que no resto do planeta é considerado desprezível - ou seja, trair o seu grupo - é que se consegue ter a verdadeira dimensão dos crimes que ali permeiam a vida cotidiana.

Não é senão quando um Eriberto (o motorista do Collor), um Francenildo (o caseiro do Palloci), uma Fernanda Somaggio (a secretária de Marcos Valério, cujo pai foi "assaltado" e "suicidado" em SP), uma Vanuza Sampaio (a advogada que denunciou a mega-roubalheira na ANP, até agora sem efeitos práticos), e o ainda desconhecido ex-auditor fiscal (da Secretaria da Receita em Osasco/Sorocaba), vêm à luz para dizer BASTA, é que passamos a saber das tramóias monumentais, travestidas de aparatos para "arrecadação de recursos para campanhas políticas", como costumam dizer os macacos pegos com as bocas, mãos, pés e patas nas cumbucas.

Note-se como os escandalos mais recentes apenas espelham a vastíssima rede de desenfreada corrupção, em marcha logo após a tramitação preferencial da tríade sagrada, Emenda, Liberação e Empenho, e que a cada dia obliteram a visibilidade dos imediatamente anteriores, numa procissão infinita de crimes que faz com que a Camorra pareça a creche da Sociedade Pestalozzi.

Sempre ouvi a piada de que "mamatas" eram "aqueles bons negócios para os quais não somos chamados". Agora, nós somos. Só que com o detalhe sórdido: para contribuir com o nosso imposto, para arcar com a conta. Ou seja, nessas monumentais surubas pelas quais pagamos, entramos apenas com as nossas solenes bundas de contribuintes.

Só num país como o nosso, atrofiado moralmente e corrompido de alto a baixo, onde praticamente inexistem exemplos de comportamento digno, é que os ditos "traidores", "alcaguetes", "X-9s", "traíras", "ratos", (escolham o pior e mais deplorável adjetivo com que lhes brindam suas quadrilhas) são, na verdade, os heróis de nossa História, por sua coragem de pura e simplesmente contar a verdade. Aí vemos com clareza a aterradora corrupção moral e a face medonha do que nos envolve como cidadãos.

Então, que mais e mais "traidores" apareçam, para serem ouvidos, e em tudo louvados.

E se um dia disseram que este não era um país sério, foi só porque o autor da frase não teve a oportunidade de ler um jornal qualquer depois do ano de 2002.

segunda-feira, julho 11, 2011

PRINCÍPIO GULAG - do blog http://maluvibar.blogspot.com/

Maria Lucia Victor Barbosa é professora universitária formada em Sociologia e Administração Pública e tem especialização em Ciência Política pela Universidade de Brasília. Possui experiência em planejamento e execução de programas sociais para populações de baixa renda. Maria é autora de “O voto da pobreza e a pobreza do voto – A ética da malandragem” (Jorge Zahar, 1988), “América Latina – Em busca do paraíso perdido” (Saraiva, 1995), “Fragmentos de uma época” (UEL, 1998), “Contos da meia-noite” (UEL, 1999) e “A colheita da vida” (UEL, 2000).
O artigo abaixo apareceu em seu blog no dia 4 de julho deste ano. É um primor de crítica fundamentada e de desespero pela incapacidade de mobilizar a sociedade contra todas as aberrações que descreve. Uma só delas (escolham) já derrubaria um governo se o país fosse sério. Não é.


"O Brasil está vivendo uma verdadeira septicemia corruptiva, uma infecção moral generalizada, cujo maior fomentador tem sido o ex-presidente Lula da Silva.

Ao patrocinar a corrupção política dizendo sempre que nada sabe, nada viu; ao institucionalizar a prática de comprar parlamentares que foi apelidada de “mensalão”; ao abençoar companheiros aloprados; ao pregar que “se todo mundo faz nós podemos fazer também”; ao proteger o assassino Cesare Battisti rompendo tratado internacional ou acolher bandidos das Farc, ele sinalizou que tudo pode ser praticado impunemente. Acrescente-se que no momento a impunidade foi reforçada pela última invenção jurídica, segundo a qual ninguém vai preso e quem está preso vai ser solto.

Lula da Silva, é claro, não inventou a corrupção brasileira, mas a elevou a um grau assustadoramente alto. Hoje, só não rouba quem é honesto por princípio, por berço, por caráter. Porque as oportunidades estão escancaradas para quem quiser e, detalhe, sem riscos.

O ex-presidente, que aparece ostensivamente quando sua afilhada política fraqueja e vacila, o que tem sido uma constante, indicou os principais ministros do atual mandato, companheiros que já o haviam servido. Entre eles, o reincidente Antonio Palocci, querido do mercado, mas famoso, entre outros casos, pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo, o que no governo Lula ensejou sua queda. Como pessoas dificilmente mudam, Palocci despencou novamente envolvido numa cadeia de ilegalidades que foram fartamente noticiadas e documentadas pela imprensa. Como aconteceu com Lula da Silva, para que Rousseff não fosse atingida, Palocci bateu em retirada. Isto se deu de forma triunfal, em auditório estrategicamente lotado com sabujos palacianos que aplaudiram Palocci delirantemente.

Escândalos, que durante os dois mandatos de Lula da Silva explodiram em escala nunca vista continuam atingindo altas autoridades, que seguem impávidas no país onde tudo é permitido. Se a pessoa é “amiga do rei” pode ficar sossegada.

Esse, por exemplo, é o caso do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que se veio à televisão execrar os bombeiros aos quais paga salário de R$ 950,00, chamando-os de vândalos e delinquentes, não apareceu para explicar suas nebulosas ligações com a iniciativa particular. As “zelite”, como diz Lula da Silva, o que significa na língua “petê” os “malditos capitalistas” que sustentam campanhas milionárias, inclusive, as presidenciais, tendo depois sua “justa” paga em bilhões através de favorecimentos públicos.

Junte-se ao espetáculo da avassaladora corrupção, o do cinismo extremo. 

Recentemente isso pode ser ilustrado pela performance do ministro Aloísio Mercadante que, acuado pelo fogo amigo negou ter chefiado o “Dossiê dos Aloprados”, sórdida montagem de dados falsos que visava derrubar a candidatura do tucano José Serra ao governo de São Paulo. Aliás, desse tipo de dossiê o PT entende.

No país onde existe licença para roubar e para matar; que direitos humanos são apenas para bandidos; que é claro o objetivo de manter as novas gerações na ignorância ensinando que o certo é o errado, que 10 – 7 = 4; que a sociedade se encontra moralmente corrompida não sabendo mais distinguir entre o certo e o errado; outro enorme malefício, pouco notado, é inoculado pelos “intelectuais orgânicos” petistas. Vou chamá-lo de “princípio gulag”.

Este termo pertence a Vladmir Bukovsky, autor do “Tratado de Lisboa”, dirigido aos portugueses e aos demais europeus. Afirma o autor: “Na URSS tínhamos o gulag”. “Creio que ele existe também na UE, mas um gulag intelectual, designado por politicamente correto”.

De forma impressionante essa característica se adequa com perfeição também ao Brasil, pois conclui Bukovsky: 
“Experimentem dizer o que pensam sobre questões como raça e sexualidade”. “Se suas opiniões não forem ‘boas’, ou seja, não forem politicamente corretas, vocês serão marginalizados”. “E isto é o começo do que podemos chamar de princípio gulag, ou seja, o começo da perda da liberdade”.

Lula da Silva diz que não é de esquerda e o PT, para conquistar o poder máximo da República, acalmou o sensível mercado. Curiosamente, porém, o PT age com métodos totalitários, pois a propaganda anestesiou a sociedade que se quedou extasiada diante da retórica inflamada de um pequeno Hitler terceiro-mundista. Ao mesmo tempo, palavras pervertidas apareceram com uma visão deslocada que deforma a perspectiva de conjunto. O PT criou uma “novilíngua” adaptada ao politicamente correto. 

Assim, somos confrontados a um astigmatismo social e político. Enxergar de outro modo seria preconceito o que acarreta autocensura. A continuar assim o PT não sai do poder nem daqui a vinte anos."

quinta-feira, julho 07, 2011

HOMENS E MACHOS: NOSSA RESERVA DE MERCADO

Está ficando muito chato, isso!

A primeira página do caderno Ela, do jornal O GLOBO do último sábado, começou por chamar a minha atenção ao trazer, na primeira página, fotos de um rapaz canadense, que (provavelmente órfão de pai e mãe) tatuou todo o seu corpo para dar-lhe a aparência de um esqueleto humano. À parte a maluquice, servia o mancebo de modelo para um editorial dito de "moda masculina". Ao folhear o restante do caderno, ainda pude - com ainda mais nojo, confesso - perceber alguns outros delicados garotos exercendo a mesma função.

Agora que a sociedade está em vias de conhecer a definição técnica de cada uma das tendências e orientações sexuais hodiernas e sendo quase que obrigada a respeitar a toda e cada uma delas - um "avanço", em relação à definição antiquada de homem/mulher - não há nenhum motivo para se abrir o jornal e ver um editorial definido como de "moda masculina" ser protagonizado por modelos totalmente afeminados, com roupas que prostitutas baratas teriam vergonha de usar e com adereços (brincos, pulseiras e colares) que ficariam melhores em senhoras de muita idade em busca de desviar o olhar de suas rugas, pelancas ou sobrepeso.

Isto está muito errado e precisando da atenção especial e urgente por parte dos editores. Nós, homens normais, estamos nos sentindo usurpados em nossas características fundamentais.

Até concordo se quiserem fazer editoriais com roupinhas frufruleantes para o mercado crescente de gazelinhas de trejeitos caricatos, cabelos em pastinha e rímel. Mas, em nome das conquistas recentes, honrem-lhes a diversidade alcançada, dando-lhes os devidos rótulos. Ainda há inúmeras letras, alem de L, G, B e T, sobrando no alfabeto. E as combinações entre elas são infindáveis!

Portanto, em vez de "moda masculina", inventem novos termos para isso. Usem sua criatividade. Se modelos com características "masculinas" (barbas, bigodes, falos, entre outras) forem, no entanto, "meninas", perguntem-lhes como querem ser chamados ou rotulados. Classifiquem-nos, antes, segundo seus próprios entendimentos do que são. É o mais justo.

E por favor, de uma vez por todas, fiquem longe da nossa classificação de Homens, Machos, Adoradores de Mulheres, Não-Bundeiros, características únicas, essa é a nossa "reserva de mercado", junto aos adjetivos correspondentes, "másculo", "masculino", "macho", etc. Para fazer reportagem de roupas para homens, contratem  modelos Homens. É direito nosso que, a partir de agora, seja assim. Em nome, exatamente, da diferença!

E nunca mais ousem misturar a nossa classificação de origem e nossa declaração de intenções, todas claras, diretas, brutas (no sentido de sem lapidação) e honestas com quaisquer demais tendências tíbias, em seus editoriais.

Vocês que se entendam. Mas deixem a palavra "masculino" para os derradeiros e verdadeiros homens.

quinta-feira, junho 02, 2011

CONFUSÃO INFERNAL

Confesso que estes tempos modernos aqui no Brasil estão me deixando muito, mas muito confuso. Só tenho uma certeza no momento: que a culpa é do PT, com sua "política" de "integração", boa para o povo mambembe (sem que nisto vá nenhum preconceito, apenas uma figura de expressão) que lhe dá muitos ouvidos - e alguns olhos, sendo esta experiência em tudo danosa no curto prazo. E aquela, totalmente incapacitante, para o resto da vida dos nativos sob essa influência.

Pelo "programa" do PT, o Brasil se transformará no país com o maior grau de liberdade "do Mundo", onde todos serão iguais - no que se tem de pior -, e respeitados em suas mais estranhas formas e tipos, criando-se assim a perfeita Utopia planetária. A maravilha, inatacável sob qualquer ótica humanitária, de um ambiente construído sobre os alicerces fincados pelos mais esclarecidos intelectuias do Partido, que buscam implantar subliminarmente no populacho o seu Projeto Jabuticaba. Só existe aqui.

Pelo andar das coisas, nada mais será proibido no Brasil, em nome dessa liberdade absoluta. Que no entanto preservará, com unhas e dentes, as "minorias" de todo o resto da população. Subvertendo qualquer lógica, providenciar-se-á algo como uma espécie de HUBAMA, poderoso órgão central encarregado de fiscalizar toda e qualquer manifestação que possa colocar em risco a integridade física, mental, espiritual, o escambau, (escolham), de qualquer pessoa "humana" (sic) que não seja normal, em prejuízo da grande maioria das outras gentes que não tenham qualquer "idiossincrasia" que as classifique como aptas a pertencer a um dos grupos sob proteção.

Tudo o que há de pior, dos analfabetos totais, parciais ou funcionais aos estupradores de criancinhas, passando por uma vastíssima gama de seres "diferenciados", como todos aqueles que tem uma sigla para denominá-los, além das putas, dos traficantes, dos incapazes físicos, dos gordos, dos magros, dos coloridos de qualquer matiz que não "brancos", dos de quaisquer classes econômicas abaixo da letra B, dos viciados em drogas pesadas, dos assaltantes de banco, dos assaltantes do Erário, dos assassinos nacionais e estrangeiros, dos dinamitadores de caixas eletrônicos, dos índios e quilombolas verdadeiros ou de araque, dos invasores de terras alheias, dos invasores de nossos morros e nossas matas para fazerem barracos e depois vende-los (fazendo outro em seguida), dos derrubadores de mata nativa e virgem para retirar madeira, dos idem idem para plantar soja, arroz e cana, etc etc etc, tudo o que for uma aberração se comparado com padrões internacionais de existência e convivência terá a proteção dos sábios petistas, que acham que é preceito basal do "Comunismo" igualá-los, valorizá-los, integrá-los. Às custas de quem PRODUZ, PAGA IMPOSTO e OS SUSTENTA!

Exemplo: só no Brasil um Governo tem o desplante de pagar um salário às familias de detentos, de infratores da lei que cumprem suas penas em prisões, fazendo com que os demais míseros familiares, imediatamente, deixem de ser críticos do comportamento dos seus "elementos", meio que conformados com a contrapartida que receberão, caso algum deles "vacile" e seja preso. Notem a subversão de valores que medida "social" como essa causa na percepção de jovens ainda em formação. Assemelha-se a algo como ver no poder um presidente da república que nunca estudou ou trabalhou.
Esse é o grande dano causado às crianças no Brasil de hoje. É a mais completa subversão de valores já vista em toda a história.

Em tempos de dissonância cognitiva galopante, estamos nos deparando com situações cotidianas limite, onde o razoável é a exceção e o normal e o que é certo, historicamente, deve ser contestado, afrontado, vilipendiado. E o errado, exposto de modo às vezes desafiadoramente cru e grotesco, como que para causar impacto; ou, às vezes fantasiado de "atual", "moderno", "avançado", "progressista". E tudo em nome dessa pretensa liberdade, inexistente em qualquer outra civilização decente.

Dois exemplos de agora me enlouquecem pela falta de nexo:

1. É notícia nas primeiras páginas de vários jornais a presença, no Rio de Janeiro, do rapaz Leandro Cerezo (filho do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo). Essa pessoa, que se declara "transsexual" (afirmando ser mulher em sua essência) vem sendo paparicado/a como a uma estrela, ocupa a suíte-presidencial do mais famoso Hotel da Cidade e, além de ganhar uma bela soma para chamar a atenção dos brasileiros, reportadamente desfila de biquíni numa feira de moda. Mesmo que, para isso, precise amarrar, esparadrapar, entubar, enfim, o seu membro viril, como declarou aos mesmos jornais que lhe deram atenção. Ora, me pergunto, quem lucra com isso, com o comportamento diriamos "glamuroso" do rapaz/moça?
A indústria de tecidos - provavelmente elásticos - com o quais os trajes de banho são feitos? As indústrias de ceras depilatórias ou de aparelhos de barbear? As sapatarias especializadas em grandes pés "femininos"? Ou a própria indústria de biquínis, interessada num novo público-alvo, os rapazes alegres que, agora incentivados, passarão a usar maiôs de duas peças nas praias e piscinas? E bem do seu lado, caro leitor...

Acresça-se a isso, como se fosse possível piorar o quadro acima, outra deletéria presença, também amplamente divulgada, um dito célebre fotógrafo internacional - conhecido como "porno-fotógrafo" por sua notória especialização na disciplina.
E há total cobertura de seu trabalho, quando aparece clicando "aquele ser humano", membro de uma das minorias protegidas, amplamente visível. Como um bom exemplo da "integração", "aceitação", "dignidade" sociais. Como desejam, no fundo (sem trocadilho), aqueles ideólogos.

Não sou capaz de dizer exatamente que setores se beneficiam com isso, mas sei os que são barbaramente destroçados com atitudes "estranhas" do genero. Se se presume que haja momentanea exposição das marcas comerciais que patrocinam comportamentos assim deprimentes, o dano causado às crianças, aos adolescentes e à parte da população adulta que, carente de estudo ou formação, aceita ser tangida como gado e percebe isso como a "normalidade", é definitivo. Repito, para ficar claro: o dano que se está permitindo causar a essas cabecinhas é incomensurável.

2. As tentativas governamentais de tanger cabeças "despreparadas" desde cedo, apresentando-lhes como normais coisas que em nenhum outro lugar o são, demonstram as más intenções de quem as pratica. E é com as faces mais duras que se apresentam quando são interpeladas a respeito. As tônicas, repetidas à exaustão, são: integração social, aceitação civil, dignidade do ser humano, por aí... Ninguém aguenta mais essa desfaçatez.

E ainda nos exemplos: a distribuição, a jovens alunos (a partir de 11 anos de idade) em plena formação do caráter, do kit-gay, um material que, sem meias palavras, incentiva ao homossexualismo como se o padrão normal fosse esse e os demais, os intolerantes.  Mais uma vez gastaram-se milhões do dinheiro público para atender à noção distorcida que permeia a idéia da "liberdade" petista. Queria ver o que o prócer deles, Fidel Castro, acharia dessa situação.

Acontece, agora também, a mais absurda tentativa de justificar-se o injustificável, em termos educacionais, para sancionar a total incompetência do Governo em ajustar o nosso ensino fundamental aos padrões aceitos no resto do mundo civilizado. Reprovado ano após ano nos concursos avaliatórios da qualidade do seu ensino, o país ora vem baixando padrões em vez de aumentá-los (ou mantê-los, vá lá), de modo a permitir que mais e piores alunos se sintam alfabetizados, educados, ou, de novo, "incluídos", mesmo que não saibam escrever seus nomes.

Depois de retirar das exigências mínimas a seus candidatos a diplomatas, o prévio domínio da lingua inglesa - apenas porque detestam os americanos e acham que isso agradaria ao resto do mundo comunista, como demonstração última de independencia e dessa nossa "liberdade" -, é o ensino primário da língua portuguesa que vem sendo desmerecido. Isso serve secundariamente para igualar os estudantes ao seu ex-presidente, assim justificando também aquele erro dentro de todos os outros.

E para isso, não hesitaram em gastar reais a milhão para comprar (e pior ainda, distribuir) um livro didático, empoladíssimo, que sanciona o uso ERRADO da língua, sob a alegação pífia de que em assim agindo, estaria havendo a "aceitação, inclusão, integração, valorização, dignificação, etc etc etc" (de novo, escolham) social do elemento.

Que será o maior prejudicado pelos antolhos complacentes do governo. No entanto, se o plano geral der certo, haverá para ele uma posição garantida, vitalícia, no Itamarati ou quem sabe na Presidência da República. Desde que vote no PT, aceite o PT como seu pastor, permanecerá para sempre feliz. Pastando.

Trouxe umas linhas do livro, chamado de "Por uma vida melhor" e fiz uma adaptação rápida juntando as subliminares "atividades" governamentais expostas em 1 e em 2 acima, e a coisa ficou assim, baseada nos parágrafos mais perniciosos da publicação que Fernando Half-dad patrocinou com o "teu" dinheiro, caro leitor:

"Os biquinI estampado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar 'os biquini'?'.' Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião".
"Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como: 
Nós pega o pau. - nós (1ª pessoa, plural); pega (3ª pessoa, singular)
Os menino paga pau. - menino (3ª pessoa, ideia de plural - por causa do "os"); pAga (3ª pessoa, singular).
Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o pau. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala".
"É comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros. Esse preconceito não é de razão linguística, mas social. Por isso, um falante deve dominar as diversas variantes porque cada uma tem seu lugar na comunicação cotidiana".
Assim é que, sempre interessada em resolver o pretenso problema social da população, ao invés de lhe dar os meios para educar DEVIDA e ADEQUADAMENTE as crianças (essas pobres gerações futuras que herdarão o Brasil como se afigura), a turba delirante do partido do Governo e seus magos da comunicação simplesmente atuam de forma cosmética, contornando os problemas. Pior, distribuindo farta esmola institucional, sem qualquer contrapartida, adulando a enorme manada de beneficiários para garantirem sua perpetuação pelos próximos mandatos.

E em alguns anos, poderemos ler nos jornais sobre a pergunta feita pelo filho(a) de algum(a) cantor(a) popular, um outrora embrião "pink" (assexuado), que 16 anos antes havia sido enxertado diretamente no útero artificial de um(a) travesti somali de fama internacional. Récem-chegado(a) da Lapônia do Meio, onde filmou seu primeiro papel - como um pinguim rebelde - assim dirigiu-se ao parente próximo:

"Pãe, tá certo eu falar "os menino nos meu país dá o cú"?

quarta-feira, junho 01, 2011

OUTRO DE TACAPE NA MÃO: ROBERTO DA MATTA, IMPERDÍVEL

Um artigo sem reparos, exceto no título. O certo, para a norma inculta petista seria "Samo" e não "Somo". O resto, impecável.

"SOMO TUDO PALACIANO"

por Roberto da Matta, no O GLOBO, em 06/11/2011

Com o devido respeito, mas nessa era petista, quando misturamos o pior do mercado com o mais desonesto estatismo, o caso Palocci ultrapassa a trivial suspeita de enriquecimento indébito. Ele contempla aspectos típicos do lulopetismo, bem como o passado do suspeito, mas vai adiante. Mais uma vez ele nos põe diante de nós mesmos, já que todos somos palocianos ou palacianos e temos a certeza de que, uma vez na panelinha, a "ética da condescendência" que sustenta o nosso espírito ainda patronal-escravocrata salva qualquer um do inferno. Mesmo quando se fala errado e relativiza-se o moralismo da língua culta, vendendo (eis o que conta) milhares de livros ao Ministério da Educação. A questão, entretanto, é que esse aumento patrimonial comicamente extraordinário abre uma porta sequer ventilada pela teoria política nacional.

Refiro-me ao fato de que, no Brasil, o Estado não é um instrumento da burguesia, como manda o velho Marx. É, isso sim, um veículo de enriquecimento e de aristocratização de seus funcionários, na razão direta de sua importância dentro das suas burocracias. Basta tabular o aumento patrimonial dos seus membros situando o quanto possuíam e quanto eles amealharam depois que cumpriram os tremendos sacrifícios de fazer parte do poder para verificar o triunfo da mendacidade com o povo, pelo povo, e para cada um de deles!

Na relação até hoje mal estudada entre o Estado (com suas leis) e a sociedade (com seus costumes e tradições), esses casos revelam algo típico da tal América-Latina: o fato de que o Estado é hierarquicamente superior à sociedade. Ele traz à tona o mito segundo o qual, quando Deus nos inventou, Ele primeiro fez o Estado (com seus caudilhos, ministros, secretários, puxa-sacos e toda a malta que estamos fartos de conhecer), e depois fez uma desprezível sociedade com a sua miscigenação, os seus burgueses, sua abjeta classe média e a massa de miseráveis com escolas (mas sem professores respeitados e bem pagos); com hospitais (mas sem médicos); com delegacias (mas com policiais bandidos) e com essa esquerda autocomplacente que inventou a bolsa-ditadura, que anistia destruidores da floresta e que ama o atraso.

Quando surge a suspeita de um enriquecimento ridiculamente excepcional, como esse de Antonio Palocci - imagine, leitor, você em quatro anos ter mais 19 apartamentos, mesmo pequenos como o seu! -, batemos de frente com um aspecto pouco visto. Refiro-me ao fato de tanto a direita quanto o centro e a esquerda serem todos viciados em Estado! A estadofilia, estadomania e estadolatria é o cerne do nosso republicanismo, é ele - supomos! - que vai corrigir a sociedade. Por isso é centralizador, autoritário e perdulário. Ele usa leis para não mudar costumes.

Num país do tamanho do Brasil é impossível não desperdiçar recursos com a centralização. É impossível controlar de Brasília o que se passa no cu de judas! Mais: nada melhor para a ladroagem, para o tráfico de influência e para o furto cínico dos dinheiros do povo do que essa concepção de um Estado autista, com razões que só ele conhece. Um órgão engessado em si mesmo e avesso ao mercado e a qualquer tipo de controle, competição ou competência. Tudo isso que o lulopetismo endossou por ignorância e/ou malandragem, mas que ainda goza de um inigualável prestígio junto da nossa opinião pública dita mais esclarecida que tem horror ao mercado.

Por quê? Porque esse é o resultado da operação de um Estado feito de parentes e amigos que eram de sangue e hoje - eis a contribuição petista - são ideológicos. Um Estado autocomplacente e referido, como mostra esse vergonhoso governo de coalizão que serve primeiro e si próprio, depois a si mesmo e, em terceiro e último lugar, aos seus adoradores. Jamais lhe passa pela sua cachola, cheia de prêmios a serem distribuídos aos seus compadres, servir à sociedade que o sustenta.

Numa estadolatria, há alergia a competição e a seguir o básico das repúblicas: atribuir responsabilidade. Daí o "eu não sabia", pois todos concordam com o descalabro, mas nada acontece. Como punir o ministro? Como sair de um viés aristocrático que foi justamente a matriz social dos republicanos que queriam ser presidentes, fiscais do consumo, embaixadores, ministros do Supremo e senadores? As mensagens não passam nessas redes administrativas em contradição cujos agentes sabem que enriquecer fácil significa criar dificuldade para vender facilidade. Algo simples de fazer nas sucessivas aristocracias que têm usado o liberalismo político como um disfarce para assaltar o Brasil. Em outras palavras: o governo dá para seus filhos; nós, os trabalhadores assalariados que não temos cláusulas secretas com quem nos paga, como é o caso do Palocci, pagamos a conta!

Será que ninguém sacou a burrice de aplicar marxismo burguês a um Brasil tocado a escravidão? Um país com uma burguesia contra máquinas e toda ela apadrinhada por si mesma? Eu fico com vergonha ao ler como a nossa burguesia é reacionária quando sei que a modernização política do Brasil foi feita por um avô fujão, por um filho mau-caráter e por um neto que não sabia o que acontecia em sua volta. A partir das repúblicas de 89, contam-se nos dedos os administradores e políticos que não multiplicaram por 20, 200 ou 2.000 seus patrimônios graças ao controle de um pedaço do Estado!

Palocci é juvenil perto dos outros que, se citados, tomariam todo o espaço de um jornal. Aguardo suas explicações que serão normas de ouro para o enriquecimento blitzkrieg.

DORA KRAMER: SARNEY AINDA CONSEGUE SE REBAIXAR

Dora tem "o" dom. De escrever fácil, descomplicado e com uma ironia finamente trabalhada. É um dos grandes prazeres que um membro da "zelite", daqueles que fazem os plurais direitinho, pode se proporcionar. Aqui arrasa com o inqualificável presidente do Senado, cujo nome não proferirei nem debaixo de pancadas. Se esse artigo não é da categoria "sensacional", não sei mais nada. Lindo, Dora!

"EXEMPLO DE SUPERAÇÃO"

José Sarney recuou da eliminação do impeachment de Fernando Collor da galeria de painéis sobre fatos importantes ocorridos na história do Senado porque não quis abrir espaço às críticas que, percebeu pelas primeiras reações, viriam fortes.

Dada a sua convicção externada no dia anterior sobre a inconveniência de expor tal "acidente" – como definiu o impedimento – continua valendo a crítica. Portanto, vamos a ela. O mensalão não existiu e o impeachment de Collor não aconteceu. Se porventura há registro dessas ocorrências, senhoras e senhores, esse é um detalhe que não deve ser levado em conta porque não engrandece a História do Brasil.

Quando a gente pensa que o presidente do Senado já esgotou todas as possibilidades de dilapidação da própria biografia, eis que ele se apresenta na plenitude de sua capacidade de superação e desce mais um degrau.

Escritor, bom no ofício de manejar as palavras, resolveu se aventurar no terreno da censura. Uma contradição em termos, não fosse ele na política uma contrafação da persona lhana que construiu para se relacionar com o mundo das ideias.

O caso o leitor e a leitora já conhecem: o impeachment de Collor foi retirado da galeria de painéis, denominada "túnel de tempo", que retratam fatos importantes da história do Senado. Ato assim justificado pelo presidente da Casa: "Não posso censurar os historiadores encarregados de fazer a história. Agora, eu acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente e não deveria ter acontecido na História do Brasil". Se pudesse, como se vê, censuraria os historiadores. Estando essa hipótese fora de seu alcance, faz o que pode e subtrai do Senado uma parte de sua própria história.

Em nome do quê? De uma cláusula pétrea no regimento do atraso: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.

Collor, que fez campanha anarquizando com a figura de Sarney chamando-o de "batedor de carteira da história", agora senador juntou-se à tropa de Sarney como já havia feito Renan Calheiros, seu parceiro da época em que enxovalhar o então presidente era uma via de acesso fácil ao êxito eleitoral. De onde José Sarney achou por bem se escorar no exemplo de Lula e simplesmente reescrever a História do Brasil a seu modo.

O impeachment de Collor não é, na visão de Sarney, o fato inédito de um presidente interditado dentro da legalidade sem a ocorrência de crise institucional, referido mundialmente como um exemplo de maturidade na recém-reconquistada democracia brasileira. Passa a ser mero "acidente" a respeito do qual a incorporação de Collor à turma de Sarney impõe o esquecimento.

Aconteceu? Mas não deveria e por isso, de acordo com delírios absolutistas muito em voga, não merece registro. Sarney já foi merecedor do reconhecimento de seu papel fundamental na transição democrática, mas por suas repetidas iniciativas acaba dando margem a que se considere sua passagem pela Presidência da República como um mero acidente que talvez não devesse ter acontecido.

segunda-feira, maio 23, 2011

15 ANOS DE CORRUPÇÃO, PELO TRAÇO DE ANGELI
IMPERDOÁVEL, IMPERDÍVEL

A classe política brasileira, uma nação à parte, foi retratada em toda a sua "pujança", pelo cartunista Angeli, que publicou suas charges na Folha de São Paulo.

Cliquem aqui e vejam o seu afiado e maravilhoso (se não fosse trágico) trabalho ao longo de 15 anos.

Depois pergunte a si mesmo se acha que os políticos mudaram nesse tempo.

Tentem divertir-se com a pimenta no nosso próprio rabo.

segunda-feira, maio 16, 2011

POLITICAMENTE POLÍTICO, OU SEJA, INCORRETO POR NATUREZA

Vinham dois cariocas passeando por Buenos Aires quando viram se aproximar deles um negro, anão, que trazia um quipá no alto da cabeça. Eles se entreolharam e já iam se divertindo com a situação quando o mais gozador deles parou o "elemento" e perguntou, numa mistura de carioquês com algo parecido com castelhano:

- Mira, mano, não vai dizer que és, alem de crioulo e anão, tambiém judeu!?!?

Ao que o baixinho levantou as duas mãozinhas com as palmas para cima tal qual uma estátua egípcia, deu uma reboladinha, piscou um olho com malícia e respondeu, quase cantarolando:

- Y tu no sabes del peor!

RUMO AO ABISMO, ACELERADO

É criminosa a postura do MEC de distribuir 485 mil livros escritos por uma professora (que ainda teve, para a "obra", a ajuda de outras!) a alunos do ensino público, nos quais as "mestras" partem do princípio que a língua portuguesa, que é falada de forma majoritariamente errada por seu povo, deve prevalecer sobre a que seria estudada nas escolas. Isso, caso as tivéssemos e caso cumprissem seu papel.

Considero que assim fazendo e assim mantendo o MEC arrasa por completo e em definitivo, qualquer conceito de mérito, esforço ou vontade de progredir nos estudos, nivelando da maneira mais por baixo possível toda a nação de estudantes analfabetos, semi-analfabetos e/ou analfabetos funcionais, outorgando-lhes assim um perfeito status de cidadãos. Via um silogismo perfeitamente destrambelhado: "A maioria do povo fala errado". "Não é errado falar errado". "A maioria do povo fala certo". Lógica digna de um Lula após algumas doses da cachaça-de-cabeça do Vladimir Palmeira.

O argumento usado para defender o conteúdo "cívico" do livro, a suposta "inclusão" de alunos que falam errado e o alívio em sua "timidez" por se expressarem desse modo, são o destino final da incomPeTencia didática. Ou seja, as escolas podem ser fechadas.

Assim agindo, a corja desqualificada do PT, essa manada de vagabundos comunistas sem estudo (que sempre pretendeu sobreviver sem esforço, embora para isso "lutando" muito, por toda a vida dividindo entre si a riqueza dos que estudaram, se esforçaram, correram riscos), simplesmente jogou por terra, oficialmente, a "tola" noção de que quem estuda, progride e se aperfeiçoa na vida será recompensado em todos os sentidos. Financeiro, inclusive. Não é o caso deles. Aliás, podem procurar, não existe um grupo de sanguessugas mais pernicioso do que os comunistas brasileiros. Tudo em nome do povo, de quem chupam o que podem.

A ascensão do ex-presidente Lula ao poder em 2003, consolidando esse entendimento, antes difuso, de um modo subliminar na cabeça dos jovens de todo o país, somado ao grande sucesso de seus asseclas na subtração permanente dos "valores" nacionais tanto morais quanto pecuniários acumulados, através da maior razzia multidisciplinar já vista, são as provas cabais de que um mal maior já está feito. O Brasil, como Nação, vai levar algumas décadas para reestabelecer a verdade sobre isso.

Leitores que chegam, minha conclusão não é nova, já havia descrito isso aqui, em 2006.

Não se iludam, jovens, com tal canto de sereias do PT, pois exceto se vcs. decidirem-se por subtrair, roubar, tomar à força, confiscar, por aí, entrando de imediato na categoria de ladrões ou mafiosos, não poderão escapar do aprendizado escolar, a única maneira de separar homens de animais.

O genial Augusto Nunes, um bastião de lucidez brasileira, faz seus comentários sobre o assunto, aqui. Não deixem de ler.

quinta-feira, março 10, 2011

DEPOIS DE ALGUM TEMPO

Não tinha conhecimento deste vídeo ou de seu conteúdo, nefastíssimo, até hoje. Não tenho, ainda, a referência de data para ele, se é coisa recente ou mais antiga ou mesmo se foi feito sobre uma postura depois não colocada em prática pelo Senado.
Mas a simples possibilidade de que isso pudesse ser verdade - a tentativa de esconder da população (via imprensa) as barbaridades cometidas com o dinheiro dela, já me deu uma enorme vontade de vomitar. 
Vejam e escutem com seus próprios olhos e ouvidos. E comentem como lhes parece mais essa monstruosidade que tentam (conseguiram?) empurrar pelas nossas goelas abaixo.

terça-feira, outubro 26, 2010

OLAVO DE CARVALHO DEFINITIVO

"O segundo nariz



Que significa a pressa obscena com que, ao primeiro abalo sofrido pela candidatura Dilma Rousseff, o governo Lula partiu para a prática dos crimes eleitorais mais descarados e cínicos de todos os tempos? Significa, antes de tudo, que durante décadas o PT se preparou para chegar ao governo, mas não para deixá-lo.

A perspectiva de ter de voltar à oposição depois de oito anos de poder absoluto parece-lhe um pesadelo aterrorizante, uma catástrofe apocalíptica, a ameaça do retorno a um estado de coisas em cuja liquidação definitiva o sr. Presidente da República e seus seguidores, admiradores e bajuladores apostaram todas as suas energias - e também as do restante da população, que jamais foi consultada quanto às vantagens e desvantagens de tão singular investimento.
O eleitorado brasileiro escolheu o PT em 2002 e 2006 acreditando que votava num partido como os outros - diferente pelo seu programa de governo, como é próprio dos partidos em geral, mas idêntico a eles pela sua estrutura e funções no sistema constitucional.

Não lhe foi informado que o PT não era uma agremiação nacional como seus concorrentes, e sim o fundador, cabeça e sustentáculo de uma organização revolucionária internacional empenhada em salvar o comunismo da sua iminente destruição, anunciada pela queda da URSS. Não lhe foi informado que o PT tinha compromissos secretos ou pelo menos discretos com quadrilhas de terroristas e narcotraficantes, irmanadas com partidos comunistas no esforço conjunto de destruir a ordem vigente e preparar a instauração do socialismo na América Latina. Não lhe foi informado que o PT era o braço político da "Teologia da Libertação" - uma seita satânica dedicada a macaquear a Igreja para esvaziá-la de seu conteúdo espiritual e transformá-la em instrumento da subversão comunista (é uma lindeza que hoje esse órgão do pseudocatolicismo militante acuse os outros de "uso eleitoral do discurso religioso").

Não lhe foi informado que o PT só aceitava as regras do jogo democrático a título de mal provisoriamente necessário, pronto a substituí-las por um "novo paradigma" hoje triunfante, calculado para eliminar todo antagonismo ideológico e reduzir a oposição às funções de ombudsman do partido governante, numa atmosfera de "centralismo democrático", meio leninista, meio gramsciano, onde o direito de divergir é monopólio dos amigos do Príncipe. A ocultação, a falsa identidade, o engodo premeditado e sistêmico - tais foram os traços que desde o início definiram, mais que a estratégia do PT, a sua natureza mesma. O personagem do sr. José Dirceu - o homem que trocou de nariz para enganar a esposa e o mundo - é a condensação simbólica mais perfeita do partido ao qual ele serviu, com o melhor dos seus talentos, na condição dupla de eloquente acusador da corrupção alheia e hábil organizador da roubalheira em família. Roubalheira à qual, por meio do Mensalão, ele deu as dimensões majestosas do impensável e inconcebível, reduzindo os Anões do Orçamento à escala de miniaturas de anões.

O ingresso dessa organização no cenário político nacional foi como a inoculação de um vírus mortífero ao qual o sistema não poderia sobreviver senão por milagre. Ora, milagres não acontecem quando todo mundo está rezando para que não aconteçam. Afinal, quem deu respeitosa credibilidade à farsa petista foi menos o próprio PT do que o consenso de seus adversários nominais, transfigurados em bando alegre de sicofantas.

Para qualquer observador capacitado, em 2002 o perfil político-estratégico do PT como cabeça da revolução continental já estava mais que definido, e o "novo paradigma" já estava em pleno vigor numa eleição em que todos os candidatos eram de esquerda sem que ninguém quisesse notar nisso nada de anormal.

Quem, entre os políticos ou na mídia dita "conservadora", não celebrou aquele exagero de opacidade como uma apoteose da transparência democrática? Quem, nesses meios, não ajudou o PT a repartir a arena eleitoral entre a esquerda daesquerda e a direita da esquerda, jogando os conservadores e liberais na lata de lixo do "extremismo" indecoroso e até ilícito? Quem se absteve de colaborar na mentira visceral, ante cujos efeitos de longo prazo agora todos choramingam sem querer lembrar de onde eles vieram? Quem pode se dizer inocente do crime de ter ajudado a colar no rosto grotesco de uma organização maligna o segundo nariz que a embelezou ante um eleitorado que não sabia de nada?

Se bem me lembro, só eu, naquela ocasião, denunciei a normalidade simulada e adverti para as consequências que adviriam fatalmente da aliança entre o maquiavelismo de uns e a covardia de outros. Leiam meu artigo de 7 de novembro de 2002 (http://www.olavodecarvalho.org/semana/07112002jt.htm) e digam se tudo o que hoje se lamenta e chora na política nacional não poderia ter sido evitado com um pouquinho, só um pouquinho, de realismo, de sensatez e de coragem."

quarta-feira, outubro 20, 2010

UMA ANÁLISE REALISTA DO BRASIL DE AGORA

Adilson Dallari é professor de Direito Administrativo na PUC-SP e seu artigo foi uma continuação, melhorada, segundo ele, do que disse em sua conferência durante o XXIV Congresso Brasileiro de Direito Administrativo, ocorrido em Minas Gerais. 


"O Estado Novo e a nova ética pública - por Adilson Dallari


Algumas pessoas me pediram para colocar no papel algo que eu disse, no final de minha exposição, no XXIV Congresso Brasileiro de Direito Administrativo, em Minas Gerais. Lembrei-me do que havia dito e desenvolvi um pouco, conforme se segue.

Inicialmente, lembrei que uma ditadura não precisa ser necessariamente militar, como a do Brasil, em 1964. Antes disso, tivemos a ditadura de Getúlio Vargas, de 1937 a 1946, que era uma ditadura populista, ou seja, fundada na popularidade do Presidente da República, a quem, por ser havido como pai dos pobres e dos trabalhadores, tudo foi permitido, como, por exemplo, a supressão das garantias constitucionais do cidadão e a supressão da liberdade de imprensa.

Atualmente, na América Latina, temos, como exemplos desse modelo, a ditadura de Hugo Chaves, na Venezuela, e a cinqüentenária ditadura de Fidel Castro, em Cuba. O elevado prestígio do líder, traduzido em popularidade (às vezes autêntica, outras vezes baseado num formidável esquema de propaganda e normalmente resultante de uma combinação de carisma pessoal com controle da mídia), não é suficiente para caracterizar uma democracia.

Ao final, me referi à relativização de certos princípios doutrinários e constitucionais elementares ao estado democrático de direito, como a moralidade pública, a probidade administrativa e a dignidade no exercício da função pública.

Antigamente, a chefia do governo era havida como uma magistratura; hoje, transformou-se numa caricatura, havendo governantes que se comportam como verdadeiros bufões, adotando posturas e comportamentos vergonhosos, grotescos ou caricatos, como é por exemplo, o caso do Berlusconi, na Itália. É altamente preocupante a tolerância com os destemperos e todas as violações da lei reiteradamente feitas pelo Presidente Lula, como se o princípio da legalidade não existisse ou, então, não se aplicasse a quem desfruta de grande prestígio popular.

O decoro parlamentar foi substituído pela prática do suborno desabrido, como no caso do mensalão, dos sanguessugas, do dinheiro na cueca, na bolsa, na meia etc. misturados com violação de sigilo, dossiês, aloprados, auxílio paletó, verbas de representação, uso indevido de passagens aéreas, viagens de estudo e representação com familiares e até amantes, e por aí vai. Tudo isso supostamente para garantir a governabilidade. Afinal, como disse um conhecido ator esquerdista: “não é possível fazer política sem enfiar a mão na merda” (Mário Covas deve ter-se revirado no túmulo!).

Corrupção era crime; hoje não é mais, pois “todo mundo faz isso” conforme salientou nosso líder máximo ao comentar a disseminação do chamado “caixa dois”. Ou seja; se o estupro passar a ser prática corriqueira, deixará de ser crime, a despeito do que possa estar consignado no Código Penal. A vontade popular está acima da lei formal.

Que a massa ignorante pense assim, vá lá. Mas a tolerância, a aceitação e até mesmo a exaltação da malversação de recursos públicos como indicador de esperteza e diligência, não conhece barreiras ou limites econômicos ou culturais. Pessoas da mais alta inserção social, formadores de opinião e até juristas da maior nomeada, convivem na mais santa paz com a corrupção e a violação dos princípios fundamentais da Constituição.

Atualmente, prepondera uma lastimável distinção ente a boa e a má corrupção: se for de esquerda é boa, se for de direita é ruim. O velho Adhemar de Barros ( “rouba mas faz”) e o incrível Paulo Maluf, são havidos como corruptos; mas quando o filho do Presidente, repentinamente, passa de guarda do Jardim Zoológico a milionário, tornando-se sócio de empresa concessionária de serviço público federal altamente favorecida pelo governo, ninguém se incomoda com isso! Honestidade é um preconceito burguês. Os fins justificam plenamente os meios. Tudo que for feito a pretexto de atingir uma finalidade “social” já está previamente validado.

Por exemplo, a Constituição garante o direito de propriedade, mas a nova ética pública confere valor preponderante às invasões perpetradas pelos chamados movimentos populares. Entre estes destaca-se o MST, que é uma organização clandestina, paramilitar, armada, de fins ilícitos e mantida com o desvio de verbas públicas. Mas seus dirigentes, em lugar de estarem na cadeia, são recebidos pelas autoridades com honras palacianas. E onde estão os órgãos que deveriam zelar pela defesa da Constituição? É ensurdecedor o eloqüente silêncio dos juristas!

A ditadura militar de 1964 foi suplantada pela força do direito. Os terroristas que pretendiam substituí-la por uma ditadura populista, de esquerda, fracassaram e somente prolongaram a agonia. Quem derrubou a ditadura foram as pessoas dotadas de sensibilidade jurídica, de verdadeiro espírito democrático, realmente empenhadas na restauração do estado social e democrático de direito, dotado de instrumentos jurídicos hábeis para promover o desenvolvimento econômico e o seu compartilhamento, como meios para a eliminação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais.

Tempos difíceis se anunciam, como resultante de um conformismo generalizado. Os pobres estão satisfeitos, com as benesses do assistencialismo comprador de consciências, seus celulares e roupas de grife “Made in China”; os banqueiros jamais ganharam tanto; os setores da produção já se conformaram com a opressiva carga tributária e se contentam com protecionismos e favorecimentos (ainda que obtidos mediante propina, ou “taxa de sucesso” na novilíngua)); as oligarquias regionais tiveram seus desmandos perdoados e passaram a ser santificadas; as lideranças políticas são complacentes com qualquer coisa que não afete seus privilégios e interesses pessoais; os partidos políticos são meras aglutinações de conveniências episódicas. Não existe oposição. A maioria do eleitorado é analfabeta e altamente manipulável. Está preparado o caldo de cultura para implantação de uma ditadura populista.

Para sair desse impasse certamente teremos que contar com a coragem, o risco, o sacrifício pessoal e o talento de gente igual àqueles que nos livraram da ditadura militar. É preciso falar, protestar, denunciar, reagir, antes que seja demasiadamente tarde. Mas ainda temos juristas de verdade? Ainda temos democratas realmente convictos? Temos pessoas influentes que ainda acreditam nos antigos valores fundamentais da nacionalidade? Ou todos já se renderam à nova ética pública?"

terça-feira, outubro 19, 2010

RETRATO ELOQÜENTE

Mais perdida do que cachorro em dia de mudança, a candidata à Presidência, inserida às pressas nas lides católicas demonstra, neste flagrante publicado na FSP, seu vasto nenhum conhecimento dos ritos da "religião" que acaba de abraçar por mera conveniência eleitoral.

"Autiva", parece olhar para o altar e pensar consigo mesma, enquanto pessoa (super)humana:

"Eu sou é competente pra c***lho, tou com as costas quentes e se tu pensa que vai me negar essa eleição, pode ir tirando os cordeirinhos do seu pai da chuva que eu já ganhei!"

Cruzes! Enquanto isso ss demais se persignam. Vade Retro!

segunda-feira, outubro 18, 2010

terça-feira, outubro 12, 2010

HISTÓRICO "PASSA-FORA" DE LULA EM DILMA - JABOR, ARNALDO

Jabor, Arnaldo Jabor! À moda do agente com permissão para matar, o agente com permissão para gozar esculacha, nesse diálogo fictício mas absolutamente plausível dentro do teatro de absurdos encenado pelo ex-presidente e atual cabo eleitoral de Dilma Roussef, a relação Criador-Criatura. Sensacional...


OUTRA VEZ COM SENTIMENTO

"Muito bonito, hein, madame? A senhora me apronta uma dessas, justamente depois de tudo que eu fiz? Pusemos uma equipe de técnicos em make-over, em embelezamento, a bicha te fez um penteado de galo imperial, gastamos um granão em botox, em treinamentos de sorrisos, em ritmo de falas e a senhora me apronta uma dessas, sem ao menos me avisar de que havia o perigo na área daquela caricatura de burocrata que a senhora me empurrou na Casa Civil? A senhora não sabia que aquela família estava aparelhada lá dentro, filhinhos, genrinhos, etc.? Aí, vem aquela lambisgoia do Acre, com sua carinha de índia aculturada, e me ganha a parada, logo depois de eu ter berrado na televisão contra os ratos da imprensa, essa cambada de mentirosos que teimam em mostrar verdades num mundo como o de hoje, dominado pelas versões? E vem aquela candanga seringueira f*&der tudo, dando chance a uma nova eleição? É justo isso comigo? Eu que sou uma vitória do proletariado, eu que tenho devotos, eu que sou quase um círio de Nazaré? E os meus 80 % de Ibope, é merda, isso? Não vale nada? E a senhora levanta para ela cortar com aquele papo na TV dizendo há uns meses que é a favor do aborto? Você está pensando que fala com quem? Com aqueles babacas intelectuais que te acham uma "revolucionária"? Não. A senhora tem de falar como eu, para idiotas, para gente que acha que dossiê é um doce, para gente que me obedece, e você abre para os padres te esculacharem porque você é a favor do aborto? Tá tudo no YouTube, não adianta desmentir não, que é pior. Lembra quando aquela minha ex-mulher disse que eu tinha tentado obrigar ela a abortar? Perdi tudo, e aí tu me dá uma dessas? Eu só te escolhi porque a senhora é mulher e era obediente, "tarefeira", tipo: "Vai pichar parede!..." Você ia. "Vai panfletar!" Obedecia... Eu devia estar no Irã beijando o aiatolá, se não a senhora não falava aquilo!
Outra coisa: como vocês, comunistas, são incompetentes!... Oito anos e o PAC está essa bosta, com apenas 15 % feito? Sou obrigado a inaugurar placas e aeroportos duas vezes?
Olhe-se no espelho... a senhora pensa que algum jovem vai achar que a senhora é leve e solta, descolada, legal? Tem que sorrir, juvenilmente, como eu... Vamos lá, sorria! Não é assim, não. Olha aqui; eu sou um grande ator e alquimista, ah, ah, pois eu transformo merda em ouro... A senhora não tem minhas covinhas, meu riso franco e puro... Tem de melhorar muito; a senhora tem de ficar mais "riponga", mais moderna... Muda essas roupas caretas; por que não compra aquelas batas que a Mercedes Sosa usava? Batas indianas, de batik... E quando falar para os jovens, use umas palavras mais "da hora", pode fazer uns trejeitos meio punks e falar moderninho assim: "Aí, galera jovem, vamos fazer um governo "irado", na boa, f*&..dão!" Se a senhora pudesse emagrecer... Mas, não dá mais tempo...E não ponha mais botox! Veja o que aconteceu com minha mulher...
Chama aquele babaca do seu marqueteiro pra te treinar direito... e não diz que adora música brega não - só no sertão, no Nordeste... Diga aos jovens - como é o nome? - ah... diga: "Nos anos 90, eu adorava o Clash!" Isso.
Outra coisa: não faça carinhas de cristã, entre evangélicos e católicos. Não dá uma de Madre Tereza de Calcutá que nego saca que é chinfra... Todo mundo sabe que você acha a religião "o ópio do povo", não é isso que o teu mestre falou?... E mais: se o adversário diz que vai aumentar o mínimo para R$ 600, diz que joga para mil, porra! Pode dizer que depois se vê...
Aprenda o meu truque, sua canastrona; a senhora tem de fazer uma carinha de "vítima", como eu faço, não importa por quê. O povão adora que a gente reclame "daszelites", como o Jânio fazia - "vítima" de algo... Até o Hitler fingia que era vítima do mundo todo...
Por sua causa e desses marqueteiros de araque, eu vou ter de ficar de molho uns dias, feito um tatu no Alvorada, até esquecerem o que eu disse... Aprende comigo, porra! Povão gosta de sinceridade, mesmo falsa. Mas tem de fazer direito, se não, percebem... Eles pensam que eu é que fiz o Plano Real, que eu mandei a economia mundial vir para cá, eles pensam que você é minha mulher. Deixa pensar... pode dizer que é minha mulher mesmo - (a outra até ficou com ciúme...)
E agora? Como é que a senhora ainda me deixa aparecer outra "erenicezinha", como? Quem é essa moça que você chama de "tupamara" que era sua amiga, que você contratou e que logo, logo entregou R$ 14 milhões para uma firma sem licitação? Já está aí nas revistas desses canalhas da imprensa que teimam em mostrar roubalheiras... Será que vou ter de sumir de novo, para não me confundirem com vocês? Será possível que vocês "aloprados" não podem ficar quietos nunca? Porra!
- Mas, presidente, o senhor também pisou na bola berrando demais contra a imprensa...
- Cale-se! Não fala assim comigo! Eu não erro... Eu estava me esgoelando na TV para tapar as cag**das que vocês fizeram!
Ai, que saudades da rainha Elizabeth... Beijei a mão dela, lembro do cheiro da mão... Eu até segredei para minha mulher: "Viu só, mãezinha? Êta nós aqui, hein?" Os europeus todos me puxando o saco, mas até isso acabou, porque fui obedecer vocês comunas burros e acabei beijando aquela bicha do Irã... Agora, não sou mais o cara do Obama, que nem quer ver a minha cara... Pode?
Eu estava curtindo tanto o poder. Chegava a dormir abraçado comigo mesmo, sonhando e beijando-me a mim mesmo: "Eu me amo, eu me amo..."
Agora, só tenho pesadelos - sonho que estou de volta ao ABC, num torno mecânico... Vocês cortaram minha onda!...
- Mas, e eu, presidente, eu, quem sou eu?
- Você?
- Sim, por favor; diga: quem sou eu?
- Você de antes ou de agora?
- Agora, presidente!
- Bem, você era uma soviética como esses aí... Agora, tem de começar sendo atriz...
Vamos lá... De novo: sorria mais descoladamente... Não. De novo... Mais uma vez, com sentimento, diz: "Nunca antes no Brasil..." Repete."


quarta-feira, outubro 06, 2010

domingo, setembro 26, 2010

PARA GUARDAR: EDITORIAL DO ESTADAO - O MAL A EVITAR

A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um partido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial.

Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.

Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder.

É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa - iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique - de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso.

E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?" Este é o mal a evitar.

quinta-feira, setembro 09, 2010

KRAMER. DORA KRAMER! MAGNÍFICAMENTE NO ALVO

MACUNAÍMA

por Dora Kramer, no O ESTADO DE SÃO PAULO, em 8/9/2010

Só porque é popular uma pessoa pode escarnecer de todos, ignorar a lei, zombar da Justiça, enaltecer notórios malfeitores, afagar violentos ditadores, tomar para si a realização alheia, mentir e nunca dar um passo que não seja em proveito próprio? 
Depende. Um artista não poderia, sequer ousaria fazer isso, pois a condenação da sociedade seria o começo do seu fim. Um político tampouco ousaria abrir tanto a guarda.
A menos que tivesse respaldo. Que só revelasse sua verdadeira face lentamente e ao mesmo tempo cooptasse os que poderiam repreendê-lo, tornando-os dependentes de seus projetos dos quais aos poucos se alijariam os críticos, por intimidação ou desistência.
A base de tudo seria a condescendência dos setores pensantes e falantes, consolidada por longo tempo.
Para compor a cena, oponentes tíbios, erráticos, excessivamente confiantes, covardes diante do adversário atrevido, eivados por ambições pessoais e sem direito a contar com aquele consenso benevolente que é de uso exclusivo dos representantes dos fracos, oprimidos e ignorantes.
O ambiente em que o presidente Luiz Inácio da Silva criou o personagem sem freios que faz o que bem entende e a quem tudo é permitido - abusar do poder, usar indevidamente a máquina pública, insultar, desmoralizar _ sem que ninguém se disponha ou consiga lhe pôr um paradeiro - não foi criado da noite para o dia.
Não é fruto de ato discricionário, não nasceu por geração espontânea nem se desenvolveu apenas por obra da fragilidade da oposição. É produto de uma criação coletiva.
Da tolerância de informados e bem formados que puseram atributos e instrumentos à disposição do deslumbramento, da bajulação e da opção pela indulgência. Gente que tem pudor de tudo, até de exigir que o presidente da República fale direito o idioma do País, mas não parece se importar de lidar com gente que não tem escrúpulo de nada.
Da esperteza dos arautos do atraso e dos trapaceiros da política que viram nessa aliança uma janela de oportunidade. A salvação que os tiraria do aperto no momento em que já estavam caminhando para o ostracismo. Foram todos ressuscitados e por isso são gratos.
Da ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado, sejam sindicalistas, artistas, prefeitos ou vereadores.
Da covardia dos que se calam com medo das patrulhas.
Do despeito dos ressentidos.
Do complexo de culpa dos mal resolvidos.
Da torpeza dos oportunistas.
Da pusilanimidade dos neutros.
Da superioridade estudada dos cínicos.
Da falsa isenção dos preguiçosos.
Da preguiça dos irresponsáveis.
Lula não teria ido tão longe com a construção desse personagem que hoje assombra e indigna muitos dos que lhe faziam a corte, não fosse a permissividade geral.
Nada parece capaz de lhe impor limites. Se conseguir eleger a sucessora, vai distorcer a realidade e atuar como se presidente fosse. Se não conseguir, não deixará o próximo governo governar.
Agora, é sempre bom lembrar que só fará isso se o País deixar que faça, como deixou que se tornasse esse ser que extrapola.

segunda-feira, agosto 30, 2010

QUEM VAI PARAR COM ISSO?

Dá até tristeza, não ver a sociedade brasileira se organizar e para sair em defesa dos seus interesses, ora sendo escancaradamente violentados sem que alguma voz contra isso se escute. Em seara que acredito seja da competência do STF, não escuto, nem ao longe, qualquer de seus membros a atacar - ou até mesmo a defender, se fosse o caso - as atitudes pusilanimes e subreptícias do Governo atual. A Nação vai sendo colocada contra a parede, os violadores sussurrando palavras doces em seu ouvido enquanto a seviciam sem freios e sem que haja a mais pálida esperança de que homens de bem apareçam para sustar práticas tão reprováveis. Com a palavra o mestre Rosenfield, com sua denúncia bem embasada.



Hermenêutica Ideológica

por Denis Lerrer Rosenfield, no O Estado de S. Paulo, em 30/8/2010

Já está em vigor, aprovado pelo presidente da República, um novo parecer, elaborado pela Consultoria-Geral da União, alterando parecer da Advocacia-Geral da União vigente desde 1997. Este equipara empresas brasileiras de capital nacional a empresas brasileiras de capital estrangeiro, em plena conformidade com a Constituição. Ora, de repente, surge um novo parecer que diferencia os dois tipos de empresas, criando uma situação de insegurança jurídica, que altera o planejamento mesmo das empresas atingidas e os investimentos produtivos no País.

Cabe ressaltar que se tratava de uma questão juridicamente pacificada, segundo todo um ordenamento constitucional e legal. Uma alteração de tal monta, se necessária, deveria ser feita por projeto de lei ou, se fosse o caso, por emenda constitucional. No momento em que se adota a forma de um novo parecer, que não é fruto de uma necessidade jurídica, mas política, surge inevitavelmente a questão de sua procedência e justificação.
Se a necessidade fosse jurídica, ela teria nascido da exigência, por exemplo, de regulamentar uma nova lei, o que não é manifestamente o caso. Trata-se, então, de uma necessidade propriamente política, como é dito claramente na justificativa do mesmo parecer, publicado no Diário Oficial da União em 23/8. A forma de operação jurídica é a de ressignificação da expressão "empresa nacional", como se coubesse a um parecer simplesmente atribuir nova significação para que houvesse uma modificação da situação legal.

Note-se que esse tipo de procedimento hermenêutico é o mesmo utilizado em outros atos do governo, quando, por exemplo, um quilombo perde sua significação, vigente quando da Constituição de 1988, sendo ressemantizado para significar uma identidade "cultural", "étnica", aplicável a um terreiro de umbanda ou candomblé. Ocorre uma espécie de captura política da Constituição e da legislação vigente.

A nova hermenêutica é justificada a partir de um novo contexto socioeconômico, que é, na verdade, o do Incra e dos ditos movimentos sociais, que atuam como verdadeiras organizações políticas. Quem for buscar no parecer uma defesa da soberania nacional ficará frustrado, pois, por exemplo, nada é dito a propósito da compra de terras por empresas estrangeiras que agem a mando de governos estrangeiros, que se apropriariam, indiretamente, de uma parte do território nacional.

O problema surge de outra maneira. As questões estratégicas são de outra ordem. Vejamos os pontos listados.

Primeiramente, a investida contra as empresas brasileiras de capital estrangeiro se deveria a que, com elas, ocorreria uma "expansão da fronteira agrícola com o avanço do cultivo em áreas de proteção ambiental e em unidades de conservação". Ora, trata-se de um problema em que há toda uma legislação vigente que se aplica à conservação do meio ambiente, e que diz respeito tanto a empresas de capital nacional quanto estrangeiro, além de se aplicar aos problemas de sobreposição de áreas indígenas e quilombolas a áreas de preservação ambiental.

Segundo, essa investida teria acarretado uma "valorização excessiva do preço da terra e incidência da especulação imobiliária gerando o aumento do custo do processo (de) desapropriação voltada para a reforma agrária, bem como a redução do estoque de terras disponíveis para esse fim". Aqui reside uma das razões principais dessa ressignificação política. Ela teria sido elaborada a partir de uma injunção do Incra e, logo, dos ditos movimentos sociais, que procuram erigir-se em "defensores do nacionalismo", o que certamente não convém a movimentos que recebem recursos de fora e agem em consonância com ONGs e governos internacionais, o que é para lá de evidente nas questões ambientais, indígenas e quilombolas.

O próprio Conselho Nacional de Justiça questionou recentemente o Incra a propósito de um amplo estoque de terras já existente que não estaria sendo aplicado adequadamente na reforma agrária. Não há, portanto, um problema de estoque de terras, mas sim de o que fazer com ele, vista a falência do projeto atual de reforma agrária. Observe-se que os assentamentos do MST já se alçam à estratosférica cifra de 84 milhões de hectares, com produtividade pífia, vivendo os seus membros de ajuda governamental via Bolsa-Família e cesta básica. O que a empresa do agronegócio, de capital nacional ou estrangeiro, tem que ver com isso?

Terceiro, duas justificativas oferecidas, a do "crescimento da venda ilegal de terras públicas" e a do "aumento da grilagem de terras", dizem respeito à inoperância de cartórios e registros de imóveis confiáveis nas regiões atingidas, o que exigiria, como está sendo feito, particular atenção do poder público, quanto mais não seja, pelo respeito à lei.

Quarto, outra razão apresentada é a do "incremento dos números referentes à biopirataria da Região Amazônica". O que teriam que ver com isso empresas nacionais de capital estrangeiro, como as de florestas plantadas, papel e celulose, soja, cana-de-açúcar e etanol? Absolutamente nada, o que mostra o caráter inócuo de mais uma das justificativas apresentadas. O problema é bem outro, o da regulamentação das ONGs internacionais que atuam na Amazônia, com o apoio dos ditos movimentos sociais. A biopirataria é um problema sério que deveria ser objeto de ação específica de controle das ONGs. Na Amazônia atuam 100 mil. A cifra é bem essa!

Por último, o parecer refere-se à "aquisição de terras em faixa de fronteira pondo em risco a segurança nacional". Esse item é francamente redundante, pois já existe uma rigorosa legislação a esse respeito, que funciona adequadamente. O grande problema das faixas de fronteira reside na criação de um embrião de "nações indígenas" em toda a faixa norte do País, numa linha quase completamente contínua de nossos limites territoriais com as nações vizinhas. Eis outra questão que não está sendo enfrentada.

quinta-feira, agosto 26, 2010

MESTRE OLAVO NO QUE TEM DE MELHOR: IRRITADO

VISTA CALÇAS

por Olavo de Carvalho, no Mídia Sem Máscara, em 24/8/2010

A quota de mendacidade dos nossos governantes já ultrapassou os limites do que seria tolerável num mitômano doente sem esperança de cura. E a quota de servilismo com que as lideranças empresariais, jornalísticas, militares e eclesiásticas deste país aceitam como normal e respeitável essa conduta obscena já ultrapassou o nível do que se poderia admitir num escravo amarrado e chicoteado, que o feitor, por mero sadismo, obrigasse a concordar que as vacas botam ovos e as galinhas dão leite.

A desenvoltura cínica de uns e a pusilanimidade de outros formam um quadro de abjeção moral imotivada, gratuita, voluntária, deleitosa, lúbrica, como nunca se viu no mundo. Os primeiros sabem que são trapaceiros, mas se orgulham disso. Os segundos sabem que cedem por puro medo, mas, disfarçando mal e porcamente o temor, juram que desfrutam de total liberdade num ambiente de segurança jurídica exemplar.

A ordem democrática, neste País, consiste na igualitária distribuição da perversidade. Liberdade, igualdade, fraternidade e semvergonhice.

O pior é que nada, nada obriga esses indivíduos a serem assim.

Uns têm todo o poder, não precisam se comportar como baratas se escondendo pelos cantos, fugindo da luz como da peste. Os outros não sofrem perseguição que justifique tanto acovardamento, apenas cedem antecipadamente ante riscos imaginários, numa apoteose de pusilanimidade. Do lado do governo, os recentes progressos da cara de pau são inconcebíveis.

Depois de o sr. presidente ter expressado seu "repúdio" à crueldade das Farc, sugerindo como castigo aquilo que até uma criança de cinco anos percebe ser o melhor dos prêmios; depois de o sr. Michel Temer ter assegurado que o ilustre mandatário nunca fez isso, mas que o fez com a melhor das intenções (entenda quem puder), ainda vem esse aspirante a Tiririca, o sr. Valter Pomar, querer impingir-nos, com a cara mais bisonha do universo, a mentirinha pueril de que as Farc nunca participaram do Foro de São Paulo.

Quer dizer então, ó figura, que o Raul Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembléia do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer que conhecera Raul Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o expediente da revista America Libre é todo falsificado?

Quer dizer que as Atas do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las em espanhol? Ora, vá lamber sabão.

Quando chamo esse cavalheiro de aspirante a Tiririca, não faço isso por pura piada. Na escala dos níveis de consciência, o sr. Pomar está muito abaixo da abestada criatura.

Tiririca tem autoconhecimento: sabe que é um palhaço. O sr. Pomar necessitaria de muitas vidas, se as houvesse, para elevar-se a tão iluminada compreensão de si.

Mas o que me espanta não é que esses sujeitos se lambuzem na sua porcaria mental ao ponto de se tornar impossível, em certos momentos, distingui-los de um rato emergido do esgoto.

O que me espanta é o ar de veneração, o temor reverencial com que a opinião pública os escuta, mesmo e principalmente quando sabe que mentem como meninos pegos em flagrante travessura.

Só ante o cano de uma metralhadora tem o homem o direito de acovardar-se a esse ponto, aviltando-se ainda mais do que aqueles que o aviltam. Mas cadê as metralhadoras? A única arma de que a casta governante dispõe para intimidar a nação, no momento, são caretas de despeito - aquele blefe moral, aquela fingida ostentação de superioridade que é a marca inconfundível dos fracos presunçosos. Como é possível que um povo inteiro se deixe assustar por isso, chegando à degradação suprema de fingir apreço a condutas que obviamente só merecem desprezo?

Pelas estatísticas de rendimento escolar e de criminalidade, o Brasil já é o país mais burro e mais assassino do mundo. Terá se tornado também o mais covarde? O mais sicofanta? O mais subserviente?

Meu falecido sogro, Fábio de Andrade, apresentou-se como voluntário na Revolução de 1932, aos quinze anos de idade, porque sentiu vergonha ao ler, por acaso, a mensagem enviada pelo comando revolucionário aos homens adultos que recusassem alistar-se: "Vista saias."

Mas os tempos mudaram. Essa mensagem não é mais apropriada aos dias que correm. É preciso substituí-la por: "Vista calças."

Muitos tremem ante a perspectiva dessa experiência inédita.

P. S. - Nunca fui admirador do sr. José Serra. Sua mania antitabagista, suas concessões ao politicamente correto, fizeram dele, para mim, um anti-exemplo. No entanto, seus últimos pronunciamentos de campanha - dele e do seu vice Índio da Costa - mostraram que ainda há algumas reservas de testosterona neste país (ver o comentário de José Nivaldo Cordeiro em http://www.youtube.com/watch?v=xURrDqLFg2g).

Ganharam o meu voto e, mais do que isso, o meu respeito.